VENERAÇÃO DE MARIA E DOS SANTOS





ACUSAÇÃO: Esta veneração e intercessão é contrária ao ensinamento da Bíblia que diz : (Lc 4,8) “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás”. - e em ( I Tim 2,5 ) “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Homem”.


RESPOSTA : a ) Os católico distinguem claramente entre culto de adoração, que devemos somente a Deus, nosso Criador e Redentor; e veneração, - que implica apenas: respeito, admiração, amor, etc., como se costuma demonstrar aos pais virtuosos, ou heróis da pátria ou a Igreja, erguendo em honra deles monumentos, e dando seus nomes a cidades, montanhas, praças, ruas, etc. Nada mais humano e também bíblico!

Até o próprio Deus venera os nomes dos santos patriarcas, permitindo na Bíblia ser denominado “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” ( Ex 3,6 ).

Foi Deus que enviou o anjo Gabriel para saudar a Virgem Maria: “Ave, cheia de graça!”(Lc 1,28) e colocou na boca de Isabel as palavras inspiradas : “Bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,42).

Igualmente Maria profere as palavras inspiradas pelo Espírito Santos: “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,...”(Lc 1,48).

Portanto, cumprindo estas profecias bíblicas e repetindo com respeito e amor na oração “Ave Maria”, a saudação de Gabriel e de Isabel, os católicos cumprem melhor as indicações da Bíblia do que os protestantes, que ignoram tudo isso, e pretendem rezar somente a Deus.

b ) Intercessão. A própria Bíblia aplica o título de “mediador” também a Moisés (Dt 5,5): “Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”. E S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e homens, indica também mediador “secundário” ( I Tm 2,15 ) : “Recomenda que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens...”Pois, fazer orações por outros, é de fato , ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

c ) Alguns “crentes” admitem que os vivos podem interceder em favor dos outros. Negam, porém esta possibilidade aos falecidos, mesmo à Virgem Maria e aos Santos. Eis, o que lhes reponde a Bíblia:

Em II Mac 15,12-15 lemos: “Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (já falecido!)... orava de mãos estendidas por todo o povo judaico... Onias apontando para ele, disse: “Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido!), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa”.

Se, pois Moisés e Timótio em vida, e Onias e Jeremias depois da morte, como ainda outras pessoas Bíblicas, rezam a Deus e são mediadores entre Ele e o povo, quem poderá proibir esta intercessão à V. Maria e aos Santos ? Por isso, desde os primeiros séculos, os fiéis cristãos rezavam: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte “.

Portanto, as palavras de S. Paulo: “Há um só mediador entre Deus e homens, Jesus Cristo, Homem”, a tradição apostólica as entendia desta maneira : Jesus Cristo é único Mediador (primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida, morte e ressurreição. Só ele nos dar dos seus méritos, sem recorrer a nenhum outro mediador. Enquanto a V. Maria e os Santos intercedem por nós pecadores, como mediadores secundários, por meio de Jesus, recorrendo a seus méritos e sua mediação. Por isso, cada oração litúrgica termina : “Por nosso Senhor Jesus Cristo...” Esta verdade herdamos dos primeiros cristãos. Antes de serem escritos os Evangelhos, eles aprenderam no “Símbolo Apostólico” (ou Credo dos Apóstolos) “Creio na comunhão dos Santos”. Sejamos gratos a Deus por tão bela verdade, por Ele a nós revelada!"

(Krusty)

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